Em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou planos de substituir o saque-aniversário do FGTS por um novo empréstimo consignado via E-Social, alegando que o atual sistema compromete a sustentabilidade do fundo. Enquanto o governo propõe taxas semelhantes às de antecipação de saques, críticos como o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção alertam para o impacto negativo do saque-aniversário no financiamento de moradias para famílias de baixa renda.
Representantes dos bancos argumentam que a maioria dos trabalhadores utiliza os créditos do saque-aniversário para pagar dívidas mais caras, mas o diretor da organização Euroconsumers-Brasil alerta que muitos beneficiários estão negativados ao contratar os empréstimos. Enquanto alguns defendem o direito de escolha do trabalhador, outros como o representante da bancada dos trabalhadores no Conselho Curador do FGTS pedem uma revisão do saque-aniversário devido ao alto número de operações de antecipações de saques que comprometem os saldos dos trabalhadores.
O debate sobre o futuro do saque-aniversário do FGTS envolve diferentes perspectivas, com o governo buscando uma alternativa que preserve a sustentabilidade do fundo, enquanto críticos e defensores do atual sistema argumentam sobre seus impactos nos trabalhadores e no setor de construção civil. A discussão destaca a importância de considerar os diversos aspectos envolvidos na reforma do sistema de saques do FGTS, visando atender tanto às necessidades dos trabalhadores quanto à estabilidade do fundo.