Uma análise da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado revela que, após afrouxar a meta fiscal, o governo brasileiro enfrenta desafios significativos para equilibrar as contas públicas. O estudo aponta a necessidade de um superávit anual de 1,5% do PIB para mitigar os riscos econômicos e conter o crescimento da dívida pública. A mudança nas metas fiscais, que permitiu um aumento de gastos de R$ 159 bilhões em 2025 e 2026, levanta dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir suas metas e encerrar 2024 com as contas equilibradas.
A redução das metas de superávit primário proposta pelo governo, que inclui a busca por um déficit zero em 2025 e um superávit menor em 2026, gera preocupações quanto à credibilidade da política fiscal e ao impacto na confiança dos investidores. O espaço para novos gastos públicos, gerado pela mudança nas metas, ainda demanda uma arrecadação adicional considerável para ser alcançado. Apesar das projeções de rombos fiscais ao longo do governo atual, a equipe econômica acredita na possibilidade de atingir as metas fiscais nos próximos anos, seja por meio do abatimento de precatórios ou de outras medidas.
O governo enfrenta o desafio de equilibrar as contas públicas e conter o crescimento da dívida, em meio a uma mudança nas metas fiscais e projeções de rombos nos próximos anos. A análise da IFI destaca a importância de medidas para garantir a estabilidade econômica e a confiança dos investidores, enfatizando a necessidade de um superávit anual significativo para fortalecer a economia brasileira e controlar a trajetória da dívida pública.