O governo de São Paulo aprovou em primeira votação o projeto de lei que viabiliza a privatização da Sabesp na capital, com promessas de redução de até 10% nas tarifas para famílias vulneráveis e sociais. O novo modelo de concessão prevê descontos para diferentes categorias de clientes, como residenciais, comerciais e industriais, visando estimular a economia de água. A Agência Regulatória de Serviços Públicos de São Paulo será responsável pela fiscalização e envio dos dados dos beneficiários à companhia.
Além disso, o governo de São Paulo anunciou um novo modelo de cálculo de tarifa, onde os investimentos da Sabesp serão realizados antes de serem considerados no cálculo da tarifa, diferentemente do modelo atual. A venda de ações da empresa será dividida em dois grupos, destinando uma parte ao investidor estratégico e a outra aberta ao mercado. A participação do governo na Sabesp não será inferior a 18%, podendo chegar a 30%, dependendo do interesse dos investidores, visando garantir uma gestão comprometida com o interesse público durante o período de transição e subsequente.
Por fim, a privatização da Sabesp enfrenta resistência de parte da população, com manifestações contrárias e ações na Justiça para anular a votação. Audiências públicas sobre a privatização estão em andamento, com previsão de ao menos sete encontros para discutir o tema com a sociedade. O reajuste nas tarifas, autorizado recentemente, gerou controvérsias, enquanto uma pesquisa apontou que 52% dos eleitores paulistas são contra a privatização da Sabesp, evidenciando a divisão de opiniões em relação ao processo.