O governo brasileiro expressou condenação à invasão da polícia equatoriana na embaixada do México em Quito, destacando a gravidade do incidente e o precedente negativo que estabelece. A ação, que resultou na tentativa de prender o ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, asilo político concedido pelo México, levou ao rompimento das relações diplomáticas entre México e Equador. O Ministério das Relações Exteriores ressaltou a violação de convenções internacionais, como a Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que garantem a inviolabilidade de missões diplomáticas.
Autoridades equatorianas solicitaram permissão ao México para entrar na embaixada e prender Glas, o que não foi concedido. A ação da polícia equatoriana, sem autorização do chefe da missão estrangeira, desrespeitou a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, de 1961. O México concedeu asilo político a Glas após sua condenação por corrupção, o que gerou tensões diplomáticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou solidariedade ao presidente mexicano López Obrador, em apoio à posição do México.
A invasão da embaixada do México em Quito foi repudiada tanto pelo governo brasileiro quanto pelo encarregado da Embaixada do México no Equador, Roberto Canseco, que denunciou o atropelo ao direito internacional e classificou o incidente como inaceitável barbárie. O governo equatoriano afirmou que não permitirá impunidade a criminosos, em referência a Glas, destacando a importância de respeitar o direito internacional e as relações entre os países. Em meio a esse cenário tenso, a diplomacia na região enfrenta desafios significativos e coloca em evidência a necessidade de respeitar as normas e acordos internacionais para preservar a estabilidade e o respeito mútuo entre as nações.