O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, expressou profunda consternação com o ataque de Israel ao comboio da ONG World Central Kitchen, que resultou na morte de sete integrantes do grupo. O Brasil reiterou seu repúdio a ações militares contra alvos civis, especialmente ligados à prestação de ajuda humanitária e assistência médica, e pediu o cumprimento da resolução do Conselho de Segurança da ONU que pede um cessar-fogo. O ataque acidental aumentou a pressão sobre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que reconheceu o erro, mas enfrenta críticas e pedidos por uma pausa nos bombardeios.
Após o incidente, a World Central Kitchen e outras organizações suspenderam as entregas de ajuda humanitária em Gaza por questões de segurança, deixando uma parte da população sem acesso a alimentos. A ação de Israel gerou críticas de líderes mundiais e aumentou a pressão sobre aliados do país, bem como sobre países que mantêm operações comerciais no ramo bélico. Israel anunciou uma investigação interna sobre o erro que resultou no bombardeio à equipe de ajuda humanitária, mas o resultado só deve ser divulgado nas próximas semanas.
A repercussão do ataque levou ex-juízes da Suprema Corte do Reino Unido e outros 600 juristas britânicos a exigirem que o governo do país pare de vender armas a Israel. O caso também trouxe à tona críticas anteriores do ex-presidente brasileiro, Lula, sobre as ações de Israel em Gaza, o que gerou tensões diplomáticas entre os dois países. A pressão internacional por um cessar-fogo imediato e respeito aos direitos humanitários na região continua a crescer, enquanto a população de Gaza enfrenta uma crise humanitária cada vez mais grave.