O Ministério da Saúde incluiu pacientes com papilomatose respiratória recorrente nos grupos prioritários para vacinação contra o HPV devido aos benefícios demonstrados da vacina como tratamento auxiliar para a doença, reduzindo recidivas. A vacina será disponibilizada com prescrição médica e consentimento dos responsáveis para menores de 18 anos. A papilomatose respiratória recorrente, causada pelo HPV, é uma doença pouco frequente que pode ter graves impactos clínicos e psicológicos.
A estratégia de vacinação contra o HPV no Brasil agora é em dose única, com o objetivo de intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e complicações associadas, incluindo a papilomatose respiratória recorrente. Estudos de eficácia embasaram a mudança para dose única, seguindo recomendações da OMS e da Opas. Além disso, o SUS incorporou um teste inovador para detecção de HPV em mulheres, permitindo rastreamento do câncer do colo do útero de forma mais eficaz.
O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e principal causador do câncer de colo do útero. Cerca de 17 mil mulheres são diagnosticadas com a doença no Brasil anualmente. Apesar de prevenível, o câncer de colo do útero continua sendo uma das principais causas de morte por câncer em mulheres, especialmente as negras, pobres e com baixa escolaridade.