O Governo de Minas Gerais está avaliando a possibilidade de comercialização dos nomes das estações do Metrô de Belo Horizonte, uma vez que o contrato de concessão não contempla cláusulas específicas para os chamados naming rights. Recentemente, a Estação Central passou a ser nomeada em acordo com uma rede de supermercados da capital, como parte de uma estratégia comercial terceirizada para explorar o sistema de transporte. A empresa responsável pela concessão destaca a exploração comercial do sistema e dos demais bens da concessão, seguindo práticas comuns em outros sistemas metroviários.
A rede de supermercados não só nomeou a Estação Central, mas também implementou diversas intervenções publicitárias, incluindo plotagens nas paredes e mídias digitais nos terminais do metrô. Além disso, estão previstas a plotagem dos trens com a marca da empresa e a sonorização dos veículos com a voz de um influenciador mineiro. Os detalhes financeiros da transação não foram divulgados, mas a empresa considera a possibilidade de comercializar outros espaços no futuro. A análise do governo se concentra em garantir que tais ações estejam alinhadas com o contrato de concessão vigente.
Essa estratégia de marketing, conhecida como naming rights, tem sido cada vez mais explorada por empresas que buscam aumentar sua visibilidade e presença em locais de grande circulação. A Comporte Participações S.A., responsável pela administração do Metrô BH desde março de 2023, está atenta às oportunidades de receitas extraordinárias previstas no contrato de concessão. Ainda que o tema dos naming rights não esteja explicitamente abordado no acordo, a empresa e o governo continuam a avaliar os impactos e limites desse tipo de prática comercial no contexto do transporte público da região.