O governo, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aguarda informações da Petrobras para definir sua posição no Conselho de Administração da estatal quanto à distribuição de dividendos extraordinários. A decisão da Petrobras de reter os R$ 43,9 bilhões destinados aos acionistas levou o governo a discutir a possibilidade de utilizar esses recursos para futuros investimentos. O encontro entre autoridades governamentais e a análise da empresa visam avaliar se a Petrobras tem capacidade de financiar seus planos de investimento com os recursos disponíveis ou se precisará utilizar os dividendos retidos.
O governo definiu um cronograma para receber as informações da Petrobras o mais rápido possível, a fim de embasar sua posição no Conselho de Administração da estatal. Além disso, o ministro Haddad tratou de outras pautas, como a ajuda a micro e pequenas empresas exportadoras, as dívidas dos estados nordestinos e a desoneração da folha de pagamento de pequenos municípios. Há uma preocupação em equilibrar as demandas dos estados e dos municípios com a situação financeira do governo federal.
Em um contexto de diálogo entre os Poderes, o governo enfrenta desafios como o impacto financeiro da decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em não prorrogar a redução da contribuição previdenciária de pequenas prefeituras. Essas ações têm reflexo nas contas federais e podem dificultar o cumprimento da meta de zerar o déficit primário neste ano. O governo busca encontrar soluções que conciliem as necessidades dos entes federativos com a estabilidade fiscal do país.