A Polícia Federal está investigando a espetacular fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, integrantes do Comando Vermelho, da Penitenciária Federal de Mossoró. Os detentos, que escaparam em fevereiro e foram recapturados no Pará após 50 dias em liberdade, receberam auxílio externo, incluindo uma transferência via Pix que aponta para possível envolvimento de uma facção criminosa. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que novas prisões podem ocorrer se for comprovada a participação de mais pessoas no caso.
As investigações revelaram que os fugitivos utilizaram ferramentas de uma obra na penitenciária para abrir uma passagem e cortar cercas de arame, em uma fuga inédita no sistema penitenciário federal. Durante a jornada de escape, a dupla invadiu casas, fez reféns e contou com a ajuda de uma facção criminosa para pagar pela colaboração de terceiros. Após percorrerem a costa brasileira por seis dias, os detentos chegaram a Belém do Pará em março, onde foram finalmente recapturados.
A operação de recaptura dos fugitivos envolveu diversas forças de segurança, resultando na prisão dos criminosos e de outros quatro indivíduos que os auxiliavam. Com a apreensão de um fuzil, dinheiro e celulares, as autoridades revelaram a intenção dos fugitivos de tentar fugir para o exterior. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, garantiu que Rogério e Deibson permanecerão presos em celas separadas e sob constante monitoramento, enquanto a segurança da penitenciária de Mossoró foi reforçada.