Um soldado da Polícia Militar do Distrito Federal, Danilo Martins, denunciou ter sido torturado por colegas de farda dentro do Batalhão de Choque, resultando em sua internação por seis dias, sendo três deles na UTI. Danilo relata ter sofrido agressões brutais, incluindo gás lacrimogênio nos olhos, agressões físicas e até mesmo ter sido forçado a tomar café com sal e pimenta. Após as agressões, ele foi diagnosticado com diversas lesões, incluindo insuficiência renal, rabdomiólise e lesões no cérebro.
O soldado afirma que as agressões ocorreram porque se recusou a assinar um requerimento de desistência de um curso de formação policial. Os militares suspeitos de cometerem o crime foram presos, incluindo oficiais e sargentos da PMDF. A defesa dos policiais investigados alega que eles não foram notificados para prestar esclarecimentos antes das prisões. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público e pela Corregedoria da PMDF.
A Polícia Militar do Distrito Federal afirmou que não tolera desvios de conduta e está apurando os fatos de forma criteriosa e imparcial. Um inquérito policial militar foi instaurado, e os policiais envolvidos estão detidos no presídio militar da Papuda. Danilo Martins enfrenta dificuldades de locomoção e visão devido às agressões sofridas e segue em tratamento médico. A gravidade do caso gerou comoção e levantou questões sobre a cultura de violência e abuso de poder dentro das instituições policiais.