Uma força-tarefa do governo do Rio de Janeiro deu início à Operação Águas Claras para investigar a origem de uma substância que deixou 2 milhões de pessoas sem água por pelo menos 3 dias. Com o foco em empresas que utilizam tolueno em seus processos de produção, os agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados realizaram mandados de busca em 16 estabelecimentos, sendo 14 deles localizados no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A Justiça determinou a apreensão de amostras de tolueno nesses locais para análise comparativa com material coletado pela Cedae no manancial de Imunana-Laranjal.
Em uma das primeiras empresas fiscalizadas, a polícia realizou uma perícia no local e conduziu o responsável técnico da empresa para a delegacia. O objetivo é esclarecer a possível relação entre o tolueno utilizado por essas empresas e a contaminação da água, que causou um grave impacto na população. A ação conjunta envolveu diversas delegacias da Polícia Civil e o Inea, demonstrando a seriedade e a urgência das autoridades em resolver esse problema que afetou milhões de pessoas na região.
A investigação está em andamento, com a coleta de evidências e a análise das amostras para determinar a responsabilidade das empresas envolvidas na contaminação da água. A população aguarda por respostas e soluções que garantam a segurança e a qualidade do abastecimento de água na região metropolitana do Rio de Janeiro. O desdobramento dessa operação será crucial para identificar os culpados e evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer, protegendo assim a saúde e o bem-estar dos cidadãos.