O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou projeções preocupantes para a economia brasileira, indicando que a dívida pública bruta do país deve atingir 86,7% do PIB em 2024, um aumento em relação ao ano anterior. Além disso, o déficit primário deve ser de 0,6% do PIB este ano, acima das expectativas anteriores do fundo. O FMI recomenda que o Brasil adote medidas fiscais mais ambiciosas para lidar com a situação.
As projeções do FMI contrastam com a meta do governo brasileiro de alcançar um resultado primário zero em 2025, levantando preocupações sobre a saúde fiscal do país. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a importância de compreender o impacto da mudança na meta fiscal para 2025 na política monetária. O FMI alertou para a crescente preocupação global com os gastos fiscais, em um cenário de múltiplos países enfrentando eleições, o que pode dificultar a contenção fiscal.
Diante do cenário desafiador, o Brasil enfrenta a necessidade de reavaliar suas políticas fiscais e buscar soluções para conter o aumento da dívida pública e reduzir o déficit primário. As projeções do FMI indicam um caminho árduo pela frente, com a dívida pública em trajetória de crescimento e a meta de resultado primário zero adiada para 2026. A incerteza econômica global e os desafios políticos internos aumentam a complexidade do panorama fiscal brasileiro.