O Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou o progresso alcançado pelo governo do presidente ultraliberal da Argentina, Javier Milei, desde sua posse em dezembro. O objetivo de atingir um déficit zero em 2024 tem sido apoiado pelo FMI, mesmo que isso envolva um plano de cortes de gastos. Julie Kozack, diretora de comunicações do Fundo, destacou avanços como superávit fiscal, reconstituição das reservas internacionais e queda da inflação, mas ressaltou que o caminho para a estabilização econômica não é fácil e exige uma implementação forte de políticas.
O governo argentino tem implementado um ambicioso plano de estabilização macroeconômica, com foco em uma âncora fiscal forte que elimina o financiamento do governo pelo Banco Central. As políticas adotadas visam reduzir a inflação e reconstruir as reservas do país. O FMI enfatiza a importância de manter a qualidade do ajuste fiscal e adaptar a política monetária durante a transição, enquanto destaca os esforços para fortalecer a assistência social e proteger o valor real das pensões em um cenário de protestos e desafios sociais.
Apesar dos avanços, o FMI ressalta a necessidade de apoio social e político para garantir a durabilidade e eficácia das reformas. O presidente Milei reativou um programa de crédito de US$ 44 bilhões com o FMI e mantém discussões ativas, mas a diretora do Fundo nega a existência de um novo plano em negociação no momento. A porta-voz do FMI destaca que, neste momento, seria prematuro discutir os detalhes de um possível programa futuro para a Argentina.