O Fundo Monetário Internacional alertou para o aumento das dívidas públicas globais devido aos gastos excessivos dos países, destacando a necessidade de um esforço fiscal mais ambicioso por parte do Brasil. O FMI previu números desfavoráveis para as contas públicas brasileiras em 2024, projetando um aumento da dívida pública para 86,7% do PIB e um déficit primário de 0,6% do PIB nesse ano, com superávit previsto apenas para 2027. Essas projeções, mais pessimistas do que as do governo brasileiro, reforçam a importância de medidas fiscais mais robustas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em conjunto com autoridades internacionais, participou de debates em Washington sobre desafios na tributação internacional, onde o Brasil busca apoio para taxar os super-ricos. Haddad reconheceu a complexidade do controle das contas públicas e destacou a importância da estabilização da dívida pública como meta fundamental para a melhoria do rating de crédito do país e a atração de investimentos estrangeiros. O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, ressaltou a interligação entre a âncora fiscal e monetária, alertando para os desafios decorrentes da perda de credibilidade fiscal.
O FMI elevou suas projeções para o desempenho da economia brasileira em 2024, ao mesmo tempo em que reforçou a necessidade de um esforço fiscal mais contundente por parte do país. A instabilidade fiscal preocupa os mercados, afetando o prêmio de risco e tornando o ambiente econômico mais desafiador e custoso. A manutenção da credibilidade nas metas fiscais é essencial para garantir um ambiente propício a investimentos e para a estabilidade econômica do Brasil, conforme destacado pelas autoridades financeiras nacionais e internacionais.