A Caixa Econômica Federal lançou uma nova modalidade de financiamentos imobiliários que permite aos trabalhadores utilizar os depósitos futuros do FGTS para auxiliar na aquisição da casa própria. As regras são direcionadas a famílias com renda mensal bruta de até R$ 2.640 mil, integrantes da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, com expectativa de beneficiar cerca de 43 mil famílias. A opção pelo FGTS futuro só pode ser feita no momento da contratação do financiamento, e os valores correspondentes serão bloqueados na conta vinculada até a quitação total do saldo devedor, com exceção da multa rescisória de 40% em caso de demissão.
O Ministério das Cidades detalhou o funcionamento do FGTS futuro, destacando que os depósitos mensais de 8% do salário dos trabalhadores serão direcionados para o pagamento das prestações do financiamento habitacional. Um exemplo citado mostra como a utilização dos recursos dos depósitos futuros pode ampliar o limite de financiamento em até 9% ao longo de cinco anos. Contudo, essa nova modalidade não está isenta de riscos, pois em caso de demissão, os depósitos futuros deixarão de ser efetuados, e o valor devido será incorporado ao saldo devedor da operação, aumentando temporariamente a parcela a ser paga. Apesar dos riscos, o governo estima que a medida beneficiará famílias de baixa renda na aquisição de imóveis.
Para os trabalhadores que optarem pelo FGTS futuro e eventualmente forem demitidos, haverá um prazo de seis meses antes do aumento da parcela a ser paga. Durante esse período, o valor que era descontado automaticamente do FGTS para o pagamento da prestação será somado ao saldo devedor, impactando temporariamente o valor da parcela mensal. Após o prazo estabelecido, a parcela aumentará em função dos valores incorporados ao saldo devedor, garantindo um período de transição para os trabalhadores afetados pela demissão.