A Polícia Judiciária Militar solicitou informações à Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro sobre a prisão de Jesser Marques Fidelix, suspeito de envolvimento no furto de 21 armas do Arsenal de Guerra de São Paulo. Jesser foi detido junto com seu cunhado, Márcio André Geber Boaventura Junior, em uma ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. As investigações apontam que a dupla estaria ligada à negociação ilegal de armas, incluindo armamento do Exército, que seriam destinadas ao Comando Vermelho, principal facção criminosa do tráfico no Rio de Janeiro.
Após a recuperação de oito das armas roubadas, a Polícia Civil do Rio identificou vídeos nas redes sociais que sugerem os suspeitos negociando armas de uso restrito para abastecer a disputa entre traficantes e milicianos na zona oeste da capital fluminense. Nove mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em São Paulo, visando pessoas ligadas aos presos e suspeitas de envolvimento em crimes como receptação e clonagem de veículos em troca de armas com grandes fornecedores.
As 21 metralhadoras desapareceram de um quartel em Barueri, na Grande São Paulo, em setembro do ano anterior. Dezenove armas foram recuperadas no Rio e em São Paulo, enquanto duas ainda estão sendo procuradas. O Exército concluiu a investigação sobre o furto em fevereiro, indiciando quatro militares e quatro civis, incluindo Jesser, por diversos crimes relacionados ao sumiço das armas. O Comando Militar do Sudeste continua atuando para recuperar as duas armas restantes e responsabilizar todos os envolvidos.