As forças militares israelenses se retiraram do maior hospital de Gaza, o Al-Shifa, após um cerco de 14 dias que deixou o centro médico em ruínas. Testemunhas e autoridades de Gaza relataram que o hospital estava completamente destruído e incendiado, com muitos edifícios carbonizados e corpos espalhados pelo local. Mais de 30 feridos foram transferidos para outro hospital após a retirada das Forças de Defesa de Israel (FDI), que alegaram ter concluído atividades operacionais precisas na área.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que cerca de 3 mil pessoas estavam no Al-Shifa durante o ataque israelense, e que aqueles que tentavam sair eram alvo de franco-atiradores e helicópteros. O Hamas acusou Israel de atingir o hospital sem considerar pacientes ou equipe médica, enquanto testemunhas relataram que veículos militares disparavam contra o prédio e qualquer pessoa nos corredores. Embora o direito internacional proíba ataques a hospitais em tempos de guerra, as FDI afirmaram ter matado terroristas, encontrado armas e documentos de inteligência no local, evacuando civis e equipes médicas durante a operação.
Os relatos incluem detenções de equipes médicas e civis pelas tropas israelenses, enquanto Israel alega que o Hamas se esconde em instalações civis. O grupo palestino negou as acusações, e a situação no Al-Shifa levanta questões sobre o respeito às leis de guerra e o tratamento de instalações médicas em conflitos. A retirada das forças israelenses marca o fim de um período conturbado para o hospital Al-Shifa em Gaza, que agora enfrenta o desafio de reconstruir e continuar a prestar cuidados de saúde em meio à destruição.