Autoridades dos Estados Unidos se reuniram com representantes do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no México para expressar preocupações sobre o processo eleitoral na Venezuela. A reunião secreta ocorreu às vésperas do prazo final de 18 de abril para os EUA decidirem se vão reimpor sanções à indústria petrolífera venezuelana devido ao suposto fracasso de Maduro em garantir eleições livres e justas. A administração Biden prometeu restabelecer as sanções suspensas em outubro, a menos que Maduro avance no cumprimento de compromissos eleitorais.
O governo de Maduro tem sido acusado de criar obstáculos à participação da oposição, incluindo a proibição da principal candidata, Maria Corina Machado, de concorrer. A delegação dos EUA, liderada por Daniel Erikson, diretor sênior da Casa Branca para assuntos do Ocidente, realizou as negociações na Cidade do México. As discussões incluíram preocupações sobre sanções à Venezuela, mas não foram divulgados detalhes sobre o teor das conversas ou eventuais avanços alcançados.
A administração Biden adotou uma postura diplomática diferente de Trump, buscando flexibilizar as sanções e dialogar com Maduro. A decisão dos EUA sobre a reimposição de sanções energéticas à Venezuela está em análise, considerando impactos nos preços globais do petróleo e no fluxo de migrantes venezuelanos em direção à fronteira EUA-México. A reimposição parcial de sanções em janeiro, após a proibição eleitoral de Machado e detenções de ativistas, reflete as tensões entre os dois países.