O Equador iniciou um processo na Corte Internacional de Justiça contra o México, contestando a concessão de asilo ao ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas. O governo equatoriano alega que o México violou o direito internacional ao interferir nos assuntos internos e conceder asilo político a Glas, que enfrenta acusações criminais pendentes. O México, por sua vez, também moveu uma ação contra o Equador na CIJ, acusando-o de violar o direito internacional durante o ataque à embaixada mexicana onde Glas estava abrigado.
As autoridades equatorianas argumentam que o México cometeu uma série de violações desde que Glas passou a residir na embaixada mexicana em Quito. O caso será discutido na CIJ, com audiências de medidas emergenciais agendadas para esta semana. Enquanto o Equador busca invalidar o asilo concedido a Glas, o México defende sua atuação e responde às acusações. O embate entre os dois países envolve ainda declarações polêmicas do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e ações legais decorrentes da prisão de Glas por corrupção.
O ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, condenado duas vezes por corrupção e atualmente enfrentando novas acusações, foi preso após uma operação policial na embaixada do México. O Equador alega que o asilo concedido a Glas foi indevido devido às acusações pendentes, enquanto o México questiona o timing da ação equatoriana na CIJ. Os desdobramentos desse caso complexo envolvendo as relações diplomáticas entre os dois países devem ser acompanhados de perto, uma vez que as decisões da CIJ são juridicamente vinculativas, mas o tribunal não tem poder de aplicá-las.