O governo equatoriano, sob a gestão de Daniel Noboa, declarou a embaixadora do México persona non grata devido a comentários considerados infelizes feitos pelo presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, sobre as eleições no Equador. A comparação feita por López Obrador entre o assassinato do candidato à presidência equatoriana, Fernando Villavicencio, e a violência eleitoral no México gerou controvérsia e levou à solicitação para que a embaixadora mexicana deixe o país em breve.
O presidente do México também criticou a mídia equatoriana, acusando-a de corrupção e injustamente associando a candidata presidencial de esquerda, Luisa González, ao assassinato de Villavicencio. O governo equatoriano reafirmou seu compromisso com o princípio de não intervenção nos assuntos internos de outros países, enquanto o presidente Noboa assumiu o cargo com a promessa de combater gangues de drogas e conter a crescente violência. A decisão de declarar a embaixadora mexicana persona non grata reflete a postura do Equador diante das declarações de López Obrador.
A utilização do termo persona non grata nas relações internacionais, conforme descrito na Convenção de Viena, denota a indisposição de um país em relação a um representante estrangeiro. A situação evidencia a tensão diplomática entre Equador e México, decorrente das declarações controversas do presidente López Obrador. A saída da embaixadora mexicana Raquel Serur Smeke do Equador em breve, a pedido do governo equatoriano, reflete a seriedade do descontentamento provocado pelos comentários do presidente mexicano.