A dengue, doença transmitida por quatro sorotipos do mesmo vírus através do mosquito Aedes aegypti, pode levar a complicações graves em casos de segunda infecção. Especialistas alertam que, durante a reinfecção, os anticorpos e células de defesa formados na primeira exposição podem não neutralizar o novo sorotipo, contribuindo para a replicação viral e agravamento da doença. Por isso, a comunidade científica internacional defende a necessidade de vacinas tetravalentes, como a desenvolvida pelo Butantan em parceria com o NIH, para proteger contra os quatro sorotipos simultaneamente e evitar riscos de agravamento.
Fatores como a genética do vírus e imunidade adquirida anteriormente influenciam na gravidade da dengue. Estudos apontam que tipos específicos do vírus apresentam maior porcentagem de casos graves em reinfecções, variando conforme a região geográfica. Além disso, fatores genéticos, comorbidades e questões nutricionais também podem influenciar na gravidade da doença. Em países endêmicos como o Brasil, a constante exposição ao vírus aumenta o risco de complicações.
É essencial reconhecer os sinais de alerta da dengue para buscar atendimento médico urgente e evitar complicações graves. A doença pode apresentar falsa melhora antes de piorar, e sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes com sangue e sangramento de mucosas devem ser tratados com urgência. A automedicação deve ser evitada, pois alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroidais e corticoides, podem agravar a doença.