Após a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão pela Câmara dos Deputados, parlamentares cogitaram derrubar a decisão, porém recuaram devido à pressão pública e ao receio de vinculação e exploração política em ano eleitoral. A votação apertada gerou discussões nos bastidores sobre ajustes na relação com o Supremo Tribunal Federal (STF), levando partidos do Centrão a acelerar a pauta de reação ao tribunal. Propostas como elevar a idade mínima para nomeação de ministros do STF e limitar o foro privilegiado estão em debate como medidas de controle sobre a Corte.
Líderes do Centrão planejam uma abordagem direta com ministros do STF para expressar preocupações sobre a condução das investigações envolvendo parlamentares, após recentes decisões da Corte contra políticos investigados. A possível elevação da idade mínima para nomeação de ministros, a oposição a um mandato fixo para membros do STF e a redução do foro privilegiado são algumas das medidas em consideração pela Câmara dos Deputados. A reação à prisão de Chiquinho Brazão e a busca em curso contra outros parlamentares sinalizam um movimento de autodefesa e contestação legislativa em relação ao Judiciário.
A votação que manteve a prisão de Chiquinho Brazão expôs tensões entre os poderes Legislativo e Judiciário, com a Câmara dos Deputados demonstrando resistência em relação a decisões do STF. A atuação do presidente Bolsonaro e os bastidores da votação revelam um cenário complexo de alianças e pressões políticas, com a opinião pública e o fator Marielle pesando nas deliberações parlamentares. O embate entre a Câmara e o STF promete novos capítulos e debates acalorados sobre os limites e prerrogativas de cada poder no contexto da democracia brasileira.