O governo liderado por Lula decidiu pagar parte dos dividendos da Petrobras, em um acordo que envolve cerca de R$ 20 bilhões, sendo R$ 6 bilhões destinados à União. Essa medida auxiliará a meta fiscal do país, contribuindo para um possível déficit zero ainda este ano. A decisão gerou tensões com o presidente da companhia, Jean Paul Prates, que enfrenta pressões internas em relação à sua permanência no cargo.
A não distribuição de dividendos extraordinários em março resultou em uma queda significativa de R$ 55,3 bilhões no valor de mercado da Petrobras. Diante desse cenário, o conselho da empresa levará a proposta de pagamento dos dividendos à assembleia, embora o tema não esteja agendado para discussão na próxima reunião. Enquanto isso, Prates busca dialogar com Lula para resolver a incerteza em torno de sua posição na estatal.
Internamente, há especulações sobre a possível substituição de Prates na presidência da Petrobras, com uma ala do governo defendendo a indicação de Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES, para o cargo. Caso Mercadante assuma, o ex-ministro do Planejamento Nelson Barbosa é cotado para ocupar a posição no BNDES. A situação envolvendo os dividendos da Petrobras reflete um momento de instabilidade na gestão da empresa e nas relações políticas em meio a decisões estratégicas de grande impacto econômico.