Em entrevista à Associated Press, Khalil Al-Hayya, autoridade política do Hamas, anunciou uma proposta surpreendente: o grupo terrorista estaria disposto a se desarmar e impor uma trégua de 5 anos ou mais, desde que Israel aceite a criação de um Estado Palestino independente. Al-Hayya defendeu a formação de um governo unificado para a Faixa de Gaza e Cisjordânia, baseado nas fronteiras pré-1967, como parte do acordo. Apesar da concessão significativa, a receptividade de Israel à proposta é incerta, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sendo conhecido por sua oposição à criação de um Estado Palestino.
Além disso, Al-Hayya mencionou a possível adesão do Hamas à Organização para a Libertação da Palestina e a dissolução da ala militar do grupo, caso Israel aceite a proposta. No entanto, a questão fundamental permanece: a Solução de Dois Estados marcaria o fim do conflito ou seria apenas um passo no objetivo declarado do Hamas de destruir Israel? Enquanto o Hamas se prepara para uma ofensiva em Rafah, no sul de Gaza, os Estados Unidos expressam preocupações, enquanto Israel argumenta que a operação é necessária para derrotar o grupo terrorista. A possibilidade de um novo acordo de cessar-fogo também foi discutida, com Al-Hayya destacando as concessões feitas pelo Hamas, mas expressando cautela diante da incerteza sobre o fim da guerra.