A Eletrobras apresentou uma proposta de acordo coletivo de trabalho aos sindicatos que inclui a possibilidade de demissões em massa e cortes salariais, sem a necessidade de apresentar um plano de demissão voluntária. O corte de 12,5% nos salários e a autorização para demissões em grupo são pontos em destaque no novo acordo. A empresa busca alinhar suas práticas de pessoal com o setor privado e alega não haver previsão imediata de demissões em massa, apesar da autorização.
A proposta de corte salarial afeta funcionários que recebem até R$ 15,5 mil, podendo resultar em reduções significativas nos vencimentos mensais. A Eletrobras enviou aos sindicatos uma lista de cláusulas a serem mantidas no novo acordo, excluindo a referente às demissões em massa, que não será renovada. A pressão dos sindicatos se intensifica diante da possibilidade de precarização dos serviços prestados pela empresa, de geração e transmissão de energia, decorrente de uma potencial redução do quadro de funcionários.
Após a privatização da Eletrobras, a nova gestão tem buscado reduzir custos e implementar planos de demissão voluntária para reestruturar a companhia. No entanto, a falta de garantias de emprego tem gerado tensões nas negociações com os sindicatos, que defendem a inclusão dessa cláusula para evitar demissões em massa e manter a qualidade dos serviços prestados. O governo federal também foi acionado diante das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores durante as negociações com a empresa privatizada.