A Defensoria Pública da União ajuizou uma ação civil pública contra a Prefeitura de Teresina devido à falta de medicamentos, insumos, atendimentos e estrutura precária no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A ação, movida pelo defensor público Rômulo Plácido, foi motivada por casos de óbitos possivelmente relacionados à crise na saúde da capital, onde pessoas faleceram por falta de atendimento adequado, cirurgias e procedimentos de urgência.
Fundamentada em uma inspeção realizada no HUT no início do ano, a ação civil pública estabelece penas de multa pessoal para os gestores responsáveis, com a participação do Ministério Público Federal. Enquanto a Fundação Municipal de Saúde (FMS) se compromete a responder no processo quando notificada, o promotor de Justiça Eny Marcos Vieira Pontes aponta a má gestão de recursos financeiros como o principal fator da crise na saúde, destacando a importância do bom gerenciamento dos recursos públicos para garantir a qualidade dos serviços de saúde prestados à população.
Diante dos atrasos em pagamentos e da falta de medicamentos, o presidente da FMS destaca esforços para reabastecer os estoques diariamente e regularizar os serviços paralisados. A crise na saúde de Teresina, que vem se arrastando desde 2022, reflete um acúmulo de anos de custos na saúde pública, resultando em desafios financeiros que demandam a cooperação dos entes federativos para assegurar a sustentabilidade financeira da instituição e a qualidade do atendimento à população.