Em um dia de instabilidade nos mercados, o dólar atingiu o maior valor em 13 meses, chegando perto de R$ 5,30, enquanto a bolsa de valores registrou a quinta queda consecutiva, alcançando o menor nível desde novembro do ano passado. O dólar comercial fechou em R$ 5,27, com alta de R$ 0,08 (+1,64%), marcando a quinta alta seguida e o valor mais elevado desde março do ano anterior. A ausência de intervenção do Banco Central no câmbio contribuiu para o aumento da moeda norte-americana.
A dinâmica do mercado financeiro foi influenciada por fatores tanto internos quanto externos. A mudança na meta fiscal para 2025, com a manutenção do déficit primário zero, desagradou os investidores. Além disso, tensões geopolíticas entre Irã e Israel, juntamente com o cenário econômico dos Estados Unidos, contribuíram para a valorização do dólar globalmente, resultando na fuga de capitais de países emergentes como o Brasil. A desaceleração na construção de moradias nos EUA e declarações do presidente do Federal Reserve sobre a inflação também impactaram os mercados.
No contexto internacional, o aquecimento da economia norte-americana e as tensões geopolíticas globais levaram a um aumento da moeda norte-americana em todo o mundo. A queda na cotação do petróleo tipo Brent, apesar do bombardeio iraniano a Israel, refletiu a complexa interação de eventos que moldaram a volatilidade dos mercados financeiros. O cenário incerto e a falta de intervenção do Banco Central aumentaram a pressão sobre o mercado brasileiro, resultando em um fechamento tenso para o dólar e a bolsa de valores.