O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revelou que o governo federal ainda não definiu sua posição em relação à distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras. O Conselho de Administração da estatal se reúne nesta sexta-feira, mas o assunto não deve ser discutido, sendo adiado para uma votação em reunião de acionistas no dia 25 de abril. A decisão, que envolve a retenção de R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários, poderia significar um aporte de quase R$ 13 bilhões para os cofres do Tesouro Nacional.
Silveira destacou a importância da participação do Ministério da Fazenda nas discussões devido à situação fiscal do país, ressaltando a necessidade de sinalizar para a manutenção da política de diminuição dos juros e o equilíbrio das contas públicas. Com a meta de alcançar o déficit zero em 2024, o governo enfrenta obstáculos no Congresso Nacional em medidas que visam ampliar a arrecadação. A indefinição sobre a distribuição dos dividendos retidos reflete a cautela diante do cenário econômico atual.
A postergação da decisão sobre os dividendos da Petrobras evidencia a complexidade das questões financeiras e fiscais enfrentadas pelo governo, em meio a pressões para equilibrar as contas públicas e manter a trajetória de redução dos juros. Com a expectativa de uma definição na próxima semana, a discussão sobre a distribuição dos dividendos retidos ganha destaque em um contexto de busca por estabilidade econômica e fiscal no país.