O rendimento médio mensal no Brasil apresentou um aumento de 11,5% em 2023, atingindo R$ 1.848, porém a desigualdade persiste, com o rendimento do 1% mais rico sendo 40 vezes maior que o dos 40% mais pobres. O grupo dos 1% mais ricos obteve um rendimento médio mensal de R$ 20.664, enquanto os 40% mais pobres alcançaram, em média, R$ 527 no mesmo período. A disparidade de renda se reflete em toda a sociedade, com os mais ricos aumentando sua renda de forma mais significativa do que os mais pobres.
Apesar do crescimento econômico, a concentração de renda permanece evidente no país, com os 40% mais pobres registrando o maior valor de rendimento da série histórica em 2023, impulsionado pelo Bolsa Família, melhoria do mercado de trabalho e aumento real do salário mínimo. A pesquisa do IBGE revelou que a população brasileira com algum tipo de rendimento atingiu 64,9% em 2023, refletindo a recuperação econômica pós-pandemia. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste lideram em porcentagem de população com rendimento, enquanto Norte e Nordeste apresentam as menores taxas.
A participação do rendimento proveniente de trabalho no rendimento domiciliar per capita teve uma leve queda, passando de 74,5% em 2022 para 74,2% em 2023, enquanto o rendimento de outras fontes, como programas sociais como o Bolsa Família, teve um aumento significativo. A desigualdade de renda continua sendo um desafio no Brasil, com regiões como o Nordeste apresentando uma maior dependência de aposentadorias e pensões, e o Centro-Oeste mostrando um maior equilíbrio na composição do rendimento domiciliar.