O desembargador José Rodrigo Sade, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, votou a favor da cassação do mandato e pela inelegibilidade por oito anos do senador Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato. Com o placar empatado em 1 a 1, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani pediu vista do processo, suspensão que adiou o julgamento para a próxima segunda-feira. Caso seja cassado, Moro não deixará o cargo imediatamente, pois a defesa poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e se a cassação for confirmada, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher sua vaga no Senado.
O julgamento teve início com o relator Luciano Carrasco Falavinha Souza se manifestando contra a cassação de Moro, rejeitando as acusações de abuso de poder econômico durante sua pré-campanha nas eleições de 2022. A acusação aponta gastos irregulares de aproximadamente R$ 2 milhões oriundos do Fundo Partidário durante a filiação de Moro ao Podemos e sua posterior candidatura ao Senado pelo União. Segundo o Ministério Público, Moro teria se beneficiado eleitoralmente, desequilibrando a disputa ao gastar mais que os demais candidatos, o que pode resultar em sua inelegibilidade por oito anos.
O julgamento agora aguarda os votos dos cinco magistrados restantes, com a defesa de Moro negando as irregularidades na pré-campanha e defendendo a manutenção de seu mandato. Caso a cassação seja confirmada, Sergio Moro enfrentará a possibilidade de ficar inelegível por oito anos e terá que lidar com as consequências legais de suas ações durante o processo eleitoral.