Em uma audiência da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) decidiu criar um grupo de trabalho para buscar a negociação entre produtores rurais e exportadores em relação à polêmica moratória da soja. Enquanto a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) expressa preocupações sobre possíveis impactos negativos, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) criticam a moratória como sendo mais restritiva do que o Novo Código Florestal, defendendo sua extinção.
A moratória da soja, estabelecida em 2006 em resposta a pressões europeias para conter o desmatamento na Amazônia, atualmente é exigida por diversos países importadores, incluindo a União Europeia, Inglaterra, Tailândia, Indonésia, Vietnã, Israel e China. Enquanto a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais emite os certificados, a gestão da moratória é criticada pela ausência de representantes dos produtores rurais. A deputada Coronel Fernanda propõe a inclusão desses representantes, bem como de membros dos municípios e da Frente Parlamentar da Agropecuária na gestão.
A busca por um acordo entre os produtores e exportadores em relação à moratória da soja continua, com a deputada Coronel Fernanda planejando uma reunião para maio. Enquanto a Associação Brasileira dos Produtores de Soja e a Associação Mato-grossense dos Municípios defendem a extinção da moratória, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais destaca o papel fundamental da mesma na proteção dos produtores e na credibilidade internacional. A participação dos produtores rurais na gestão da moratória e a punição do desmatamento ilegal são pontos de destaque nas discussões em curso.