O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram a Biofábrica Wolbachia em Belo Horizonte, uma iniciativa que visa ampliar a capacidade de produção de uma tecnologia crucial no combate à dengue e outras arboviroses. Gerida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a biofábrica utilizará a bactéria Wolbachia, inserida em ovos do mosquito Aedes aegypti em laboratório, para criar mosquitos incapazes de transmitir os vírus causadores de dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
O método Wolbachia, já implementado com sucesso em Niterói, no Rio de Janeiro, demonstrou resultados promissores na redução dos casos de dengue, chikungunya e zika. Com a expansão prevista para outras cidades brasileiras, como Natal, Uberlândia e Foz do Iguaçu, a tecnologia mostra-se como uma estratégia eficaz a longo prazo no controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. No entanto, é ressaltado que o método necessita ser associado a outras medidas para maximizar sua eficácia.
Apesar dos avanços, a implementação do método Wolbachia enfrenta desafios, como evidenciado pela situação no Rio de Janeiro, onde a cidade declarou emergência devido ao aumento de internações por suspeita de dengue. A necessidade de cobertura ampla e ação integrada são destacadas como essenciais para garantir o sucesso da estratégia no combate às arboviroses.