A Operação Diaphthora desvendou um esquema de corrupção envolvendo um delegado e um investigador de polícia do município de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso. Os servidores são suspeitos de conceder vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos e exigir pagamentos de diárias para hospedagem de presos, em associação com advogados e garimpeiros. As investigações revelaram um gabinete do crime, com práticas que incluíam corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa e assessoramento de segurança privada.
A Polícia Civil cumpriu 12 ordens judiciais durante a operação, que resultou na prisão preventiva dos suspeitos e na realização de mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares. A atuação criminosa da associação envolvia o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens, exigência de diárias para hospedagem de presos na delegacia e recebimento de pagamentos mensais em troca da influência sobre procedimentos criminais em andamento na unidade policial. O nome da operação, Diaphthora, alude ao termo grego para corrupção, destacando as consequências desastrosas desse tipo de conduta por parte de servidores públicos nos órgãos públicos, comprometendo a integridade e a confiança da sociedade.
A investigação teve início a partir de denúncias que apontavam a participação dos servidores e garimpeiros em atividades ilícitas, configurando uma associação criminosa no município. A ação da polícia desvendou um cenário de corrupção no qual os agentes públicos se aproveitavam de sua posição para obter benefícios ilegais, prejudicando o correto funcionamento das instituições e a segurança da comunidade. A Operação Diaphthora revelou a necessidade de combater de forma enérgica e eficaz a corrupção no âmbito policial, visando restabelecer a confiança da população nas instituições responsáveis pela manutenção da ordem e da justiça.