A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao Supremo Tribunal Federal a devolução temporária de seu passaporte para uma viagem a Israel, programada para o fim de maio. A viagem, que incluiria a família de Bolsonaro, foi oficialmente convidada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido, reiterando preocupações sobre o impacto da viagem nas investigações em andamento relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Os advogados de Bolsonaro argumentaram que a autorização para a viagem não representaria riscos para o processo, enfatizando o comprometimento do ex-presidente com suas obrigações locais e a natureza transitória da visita. Apesar disso, Moraes manteve as restrições impostas a Bolsonaro, incluindo a proibição de deixar o país e de se comunicar com outros investigados. A decisão seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República, que considerou a viagem como um potencial obstáculo às investigações em curso.
O pedido de devolução do passaporte de Bolsonaro para a viagem a Israel é mais um capítulo na batalha legal em torno das restrições impostas ao ex-presidente desde a apreensão de seu documento em fevereiro. Enquanto os advogados continuam a contestar a medida, a decisão de Moraes destaca a manutenção das restrições como necessária para garantir a continuidade das investigações.