Especialistas em educação se reuniram em audiência pública na Comissão de Educação e Cultura para discutir o projeto de reforma do novo ensino médio (NEM — PL 5.230/2023). Críticas foram feitas à proposta em tramitação, com destaque para a necessidade de focar no pleno desenvolvimento do aluno e na solidariedade, em vez da competição. Diversas sugestões foram apresentadas, incluindo a revogação da lei do novo ensino médio de 2017, que é vista como não atendendo às demandas sociais e reforçando desigualdades educacionais.
O debate destacou a importância de uma reforma equilibrada e factível, que supere a exclusão escolar e prepare os estudantes para o futuro acadêmico e profissional. O projeto em análise propõe uma recomposição da carga horária para a formação geral básica, passando de 1.800 para 2.400 horas. Especialistas ressaltaram a necessidade de melhor infraestrutura física nas escolas e salários mais atrativos para os profissionais de educação. A interatividade da audiência permitiu a participação do público, que enviou críticas e sugestões, demonstrando o interesse da sociedade na qualidade do ensino médio.
A pesquisa compilada pelo Coletivo em Defesa do Ensino Médio de Qualidade evidenciou os efeitos negativos do novo ensino médio, enquanto consultores da Unesco apresentaram dados que mostram a insatisfação de alunos, professores e gestores com as mudanças decorrentes do NEM. O debate refletiu a complexidade do tema e a necessidade de aprimorar a proposta em discussão, visando a melhoria do ensino médio no Brasil. A reforma do NEM é vista como uma oportunidade de avanço na educação, mas requer um olhar atento para as demandas da sociedade e a qualidade do ensino oferecido.