Em março deste ano, as contas do governo federal no Brasil apresentaram um déficit primário de R$ 1,53 bilhão, o maior para o mês desde 2022. Mesmo com um recorde histórico na arrecadação de R$ 190,6 bilhões, as despesas superaram as receitas, resultando no déficit. O governo busca zerar o rombo fiscal em 2024, meta considerada ousada pelo mercado financeiro, que projeta um déficit em torno de R$ 80 bilhões para o ano.
No primeiro trimestre de 2024, as contas do governo registraram um superávit primário de R$ 19,43 bilhões, uma queda em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida aumentou em R$ 44,9 bilhões (+9,1%), enquanto a despesa total cresceu em R$ 58,2 bilhões (+12,7%), na comparação com o primeiro trimestre de 2023. O governo aprovou medidas para aumentar a arrecadação federal em busca de atingir as metas estabelecidas, com uma banda de até R$ 28,8 bilhões de déficit permitida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.
O Tesouro Nacional não descarta a necessidade de novas medidas para elevar as receitas e atingir as metas fiscais estabelecidas. Apesar do bom desempenho na arrecadação, o governo considera que ainda há um caminho a percorrer para alcançar os resultados previstos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca mais agilidade e diálogo com o Congresso para enfrentar os desafios econômicos, com foco em estimular a geração de renda, emprego e promover o crescimento econômico por meio de medidas como o Programa Acredita para apoiar o empreendedorismo.