Três deputados designados para relatar o processo contra o deputado Chiquinho Brazão, preso sob a acusação de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, desistiram de suas funções no Conselho de Ética. Com essa reviravolta, o presidente do colegiado terá que realizar um novo sorteio para escolher os substitutos, o que pode atrasar o andamento do caso. A representação em questão tem potencial para resultar na cassação do mandato do parlamentar.
A desistência dos deputados Bruno Ganem, Ricardo Ayres e Gabriel Mota foi confirmada pelo presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Jr. Essa mudança na composição do grupo de relatores exigirá um novo sorteio, que pode ocorrer já nesta quarta-feira. Enquanto isso, o partido PSOL, que solicitou a abertura do processo, argumenta que a remoção de Chiquinho Brazão do cargo é crucial para evitar possíveis interferências em investigações em andamento.
O processo em análise pelo Conselho de Ética visa avaliar a conduta de Chiquinho Brazão e pode resultar em diversas punições, incluindo a cassação de seu mandato. Após a conclusão das etapas necessárias, um parecer será elaborado pela comissão, cabendo ao plenário principal da Câmara a decisão final sobre o destino político do deputado. A desistência dos relatores originais e a necessidade de um novo sorteio adicionam complexidade e possíveis atrasos ao desdobramento desse caso de grande repercussão no cenário político brasileiro.