O Conselho de Administração da Petrobras decidiu em reunião na sexta-feira que a estatal planeja distribuir 50% dos dividendos extraordinários retidos em março. A proposta será votada em assembleia de acionistas no dia 25 de abril, com a empresa acreditando que essa distribuição não comprometerá sua sustentabilidade financeira. Em uma reunião anterior, representantes do governo se opuseram à medida, defendendo a retenção dos dividendos por uma margem de 6 a 4.
Após comunicar a decisão a Jean Paul Prates, os ministros contataram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para finalizar o assunto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, decidiram defender o pagamento total dos dividendos da Petrobras aos acionistas, buscando assegurar que o plano de investimento da empresa não seja prejudicado por questões financeiras. No mês anterior, a Petrobras optou por não distribuir os dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões aos acionistas, mantendo o valor em uma conta de reserva para possíveis investimentos futuros.
A empresa distribuiu apenas o montante mínimo previsto na Lei das Sociedades Anônimas, R$ 14,2 bilhões, após reportar um lucro de R$ 124,6 bilhões em 2023. A decisão de distribuir parte dos dividendos extraordinários reflete a complexa dinâmica entre a administração da Petrobras e os interesses governamentais, com a proposta agora aguardando a votação em assembleia para determinar seu desfecho e possível impacto nos acionistas e na empresa.