A assembleia geral ordinária da Petrobras reelegeu Pietro Mendes como presidente do Conselho de Administração, mantendo assim a influência do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na estatal. A mudança no conselho veio com a eleição de Rafael Dubeux, indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em substituição a Sergio Rezende, indicado pelo presidente Lula. Com essa composição, poucas alterações ocorreram no equilíbrio de poder na empresa, apesar da recente crise dos dividendos que quase custou o cargo de Jean Paul Prates.
Nos bastidores, o embate entre o presidente da estatal e o ministro de Minas e Energia continua, com Silveira mantendo sua influência no conselho. A entrada de um conselheiro ligado a Haddad representa uma mudança sutil nas dinâmicas internas da Petrobras, com o ministro da Fazenda se tornando um aliado de Prates. Enquanto os acionistas minoritários mantêm sua representação, o governo manteve a maioria no conselho, apesar das pressões internas e da sondagem do nome de Aloizio Mercadante para a presidência, que foi descartada em favor da continuidade de Prates com o apoio de Haddad.
A decisão de distribuir metade dos dividendos extraordinários proposta por Haddad, aprovada na assembleia de acionistas, foi um ponto crucial nessa disputa política dentro da Petrobras. A estratégia do ministro da Fazenda em concordar com a distribuição dos dividendos foi fundamental para a manutenção de Prates no cargo e sua influência crescente na empresa, sinalizando mudanças nas alianças políticas internas da estatal.