Após enfrentar uma histórica seca e a proibição da pesca do mapará, uma comunidade ribeirinha no Amazonas retoma suas atividades de pesca tradicional, essencial para o sustento das famílias locais. Com a malhadeira pronta, pescadores como Francisca Santos e Sebastião do Carmo se preparam para o tão aguardado período de pesca, organizado durante o defeso para preservar as espécies. Mesmo diante das dificuldades devido à baixa recuperação das águas, mais de mil pescadores se espalham pelo lago, impulsionando a economia local.
A pesca do mapará, que movimenta a economia do município de Careiro da Várzea, já resultou na saída de cerca de 280 toneladas do peixe em 2024. Este importante recurso pesqueiro é exportado congelado para fora do Brasil, contribuindo para a dinâmica comercial da região. Em meio às expectativas e investimentos dos pescadores, como no caso de Sebastião do Carmo, a pesca se torna não apenas uma fonte de sustento, mas também um momento de realização e esperança para as famílias ribeirinhas.
O período de pesca do mapará é aguardado com ansiedade e fé pelos pescadores, que veem nas águas a garantia de um futuro sustentável. O reconhecimento de pescadores como Rafael Almeida, que mesmo diante de desafios pessoais continua dedicado à atividade, ressalta a importância cultural e econômica da pesca para a comunidade. Apesar das adversidades enfrentadas, a tradição centenária da pesca organizada do mapará no Amazonas segue como um pilar fundamental para a vida na região.