O Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos divulgou um relatório revelando decisões sigilosas do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas ao antigo Twitter e outras redes sociais, aproveitando para criticar o presidente Joe Biden. A maioria republicana do comitê usou o embate entre Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), e a Justiça brasileira para questionar a postura do governo Biden em relação à liberdade de expressão. O relatório aponta para supostas ações de censura por parte do governo brasileiro e destaca a atuação do ministro Alexandre de Moraes, que emitiu diversas ordens envolvendo contas em redes sociais.
O documento revela que das 88 decisões analisadas, a maioria foi expedida por Alexandre de Moraes, com ordens direcionadas ao X, Twitter, Instagram e Facebook, entre 2021 e 2024. O relatório destaca a suspensão de aproximadamente 150 contas da plataforma, incluindo casos como a confusão com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) durante os ataques antidemocráticos de 2023. O comitê dos EUA ressalta a importância de proteger a liberdade de expressão, especialmente diante de pressões e censuras envolvendo redes sociais em âmbito internacional.
Em meio à tensão entre poderes, Elon Musk acusou Alexandre de Moraes de censura, resultando em trocas de acusações públicas. Moraes ordenou investigações sobre as condutas do CEO do X e proibiu a reativação de perfis bloqueados sob pena de multa. O ministro apontou indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime por parte de Musk, além de alegações de disseminação de desinformação. Esses acontecimentos refletem um cenário complexo envolvendo liberdade de expressão, poder judiciário e influência das redes sociais, tanto no Brasil quanto no contexto internacional.