Em apenas três meses do ano corrente, Piracicaba (SP) já enfrenta a maior crise de dengue desde o início do milênio, com quatro óbitos e 5.892 casos confirmados da doença. Os dados alarmantes, atualizados até a última sexta-feira (5), superam os registros de anos anteriores completos. O levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas e Planejamentos de Piracicaba (Ipplap) e pela Vigilância Epidemiológica revelou que o pior ano até então era 2007, com 5.681 casos.
A última atualização do boletim epidemiológico, divulgada pela prefeitura na sexta-feira, apontou um aumento de 2.779 casos em apenas uma semana, marcando a terceira semana consecutiva com mais de mil novos casos registrados. A cidade vem enfrentando uma crescente preocupante na evolução semanal da dengue, tornando 2024 um dos anos mais críticos para a saúde pública local. As autoridades de saúde recomendam que qualquer morador de Piracicaba que apresente febre alta repentina, juntamente com pelo menos dois sintomas adicionais, busque imediatamente assistência médica.
Para combater a propagação do Aedes aegypti e prevenir a dengue, a Saúde local oferece orientações à população, como utilizar repelente, eliminar focos de água parada, manter pratos de vasos de plantas com areia, entre outras medidas. Com mais de 70 unidades de saúde preparadas para atender casos suspeitos e confirmados da doença, Piracicaba ampliou os horários de atendimento nas unidades básicas, visando conter o surto. A colaboração da comunidade é essencial para combater essa epidemia que assola a região.