A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) está prestes a passar por um leilão de desestatização promovido pelo Governo de São Paulo, com a expectativa de arrecadar recursos significativos. Responsável pela geração de energia suficiente para abastecer cerca de 825 mil residências na Grande São Paulo, a Emae também desempenha um papel fundamental no controle de cheias no estado, atuando no bombeamento de águas para o Reservatório Billings e na manutenção dos rios Pinheiros e Tietê.
Além de suas atividades no setor energético, a Emae oferece serviços de transporte por balsa, realizando diariamente milhares de viagens e transportando passageiros e veículos de forma gratuita. Com resultados financeiros sólidos, a empresa gerou uma receita líquida de R$ 603 milhões até o final de 2023 e alcançou um valor de mercado de R$ 2,3 bilhões, o que a coloca em uma posição favorável para a desestatização. O processo de privatização da Emae faz parte de um amplo plano do governo paulista, que prevê a realização de diversos leilões ao longo de 2024, com um total estimado de R$ 220 bilhões em oportunidades de investimento no setor privado.
O Governo de São Paulo tem como objetivo promover a desestatização de diversas empresas e projetos, visando atrair investimentos privados e impulsionar o desenvolvimento do estado. Com uma extensa carteira de projetos de concessões e parcerias público-privadas, a gestão atual planeja realizar 44 leilões até o final de 2026, com destaque para iniciativas como o Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte e o recente leilão do Lote Litoral. A privatização da Emae representa mais um passo nesse processo de abertura do mercado e busca por novas oportunidades de investimento em São Paulo.