Em março, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 7,48 bilhões, resultado influenciado pela menor quantidade de dias úteis e pela queda nas exportações. As exportações totalizaram US$ 27,98 bilhões, com uma redução de 14,8%, enquanto as importações somaram US$ 20,49 bilhões, representando um recuo de 7,1%. O saldo comercial positivo no primeiro trimestre deste ano alcançou US$ 19,07 bilhões, o maior da série histórica para o período, mas houve uma redução de 30,4% em comparação com março de 2023.
A diminuição das exportações de soja e petróleo contribuiu significativamente para o resultado do mês. As vendas externas de soja caíram 26,7%, totalizando US$ 5,39 bilhões, enquanto as exportações de petróleo diminuíram 35,5%, alcançando US$ 3,52 bilhões. Por outro lado, as exportações de açúcares e melaços aumentaram 77% e as de minério de ferro avançaram 3,4% em março. Os principais compradores foram China e Macau, seguidos pela União Europeia, Estados Unidos e Mercosul.
O Ministério do Desenvolvimento reduziu sua projeção para o superávit da balança comercial em 2024, passando de US$ 94,4 bilhões para US$ 74,3 bilhões. A previsão para as exportações foi ajustada para US$ 332,6 bilhões, enquanto as importações devem atingir US$ 259,1 bilhões. A revisão na projeção se deve à queda nos preços de commodities como bens agrícolas, petróleo e minério de ferro, principais produtos exportados pelo Brasil, impactando o desempenho do comércio exterior ao longo do ano.