Em uma reunião emergencial com o presidente Lula nesta sexta-feira (19), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi criticado por ministros e líderes do Congresso. Pacheco, do PSD-MG, rebateu as críticas recebidas, destacando que sua postura em relação ao governo deve ser avaliada pelos responsáveis pelas relações institucionais, como o ministro Alexandre Padilha e os líderes do governo no Senado e no Congresso, Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues.
Durante o encontro, Lula foi informado de que a crise com o presidente da Câmara, Arthur Lira, poderia estar superestimada e que Pacheco não seria tão aliado do governo quanto aparentava. Críticas à postura de Pacheco em relação a pautas que prejudicam o governo, como a PEC do Quinquênio, foram levantadas por interlocutores próximos a Lira, como Rui Costa e Zé Guimarães, embora estes tenham negado ter criticado o presidente do Senado. Após a reunião, Lula decidiu se encontrar com Lira e Pacheco na próxima semana, além de ouvir dos líderes do Congresso quais vetos o governo sofrerá derrota.
A reunião de emergência convocada por Lula também contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que antecipou seu retorno dos Estados Unidos. As discussões envolveram o andamento de projetos, como a reforma tributária, e a possível criação de CPIs na Câmara por parte de Arthur Lira. A postura de Rodrigo Pacheco em relação ao governo, sua reputação de “bom moço” e as críticas recebidas foram temas centrais do encontro, que foi encarado como crucial para as estratégias políticas em curso.