A Controladoria-Geral da União (CGU) aplicou uma punição ao ex-presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, por assédio moral, resultando em sua inelegibilidade e impossibilidade de ocupar cargos públicos de confiança por oito anos. As denúncias foram reveladas em junho de 2021 pelo Fantástico, da TV Globo, levando a CGU a concluir, após um processo administrativo disciplinar, que as acusações eram verdadeiras. Sérgio Camargo foi acusado de tratamento inadequado a diretores e coordenadores subordinados, demissões de terceirizados por motivos ideológicos e uso impróprio do cargo para contratações.
A decisão da CGU, publicada recentemente, também impede Sérgio Camargo de ser indicado, nomeado ou assumir cargos em comissão ou de confiança no governo federal. Além disso, ele foi destituído do cargo de presidente da Fundação Palmares, embora já tivesse deixado a função em 2022. As investigações sobre seu comportamento começaram após denúncias ao Ministério Público do Trabalho, que resultaram em depoimentos de 16 pessoas, confirmando a perseguição político-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso por parte de Camargo.
O procurador Paulo Neto, responsável por uma Ação Civil Pública contra Sérgio Camargo, afirmou que os depoimentos evidenciaram um clima de medo, tensão e estresse entre os funcionários da Fundação Palmares, devido à conduta reprovável do ex-presidente. O Ministério Público do Trabalho pediu o afastamento imediato de Camargo do cargo, alegando perseguição e terror psicológico dentro da instituição, porém a Justiça apenas o proibiu de nomear ou exonerar funcionários, negando o pedido de afastamento.