A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados retomou a análise da prisão do deputado Chiquinho Brazão, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. A reunião foi interrompida por pedido de vista, com quase 40 inscritos para falar. O presidente da Câmara deseja um veredito ainda nesta quarta-feira, porém o plenário está dividido, com deputados de centro-direita criticando a prisão por supostamente não seguir os procedimentos constitucionais.
Os membros da comissão podem falar por 15 minutos e os não membros por 10 minutos, com a possibilidade de encerramento da discussão após dez deputados se manifestarem. A votação para manter a prisão de Chiquinho Brazão na CCJ requer maioria simples, mas deputados afirmam que a situação é agora dividida, com um movimento crescente para derrubar a prisão. O relatório do deputado Darci de Matos aponta fortes indícios de crime e defende a manutenção da prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Chiquinho Brazão, deputado sem partido do Rio de Janeiro, foi preso em março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco. Sua defesa contesta a legalidade da prisão, alegando falta de comprovação do flagrante e questionando a competência do STF na decisão. Após a análise na CCJ, o parecer seguirá para o plenário da Câmara, onde a votação promete ser intensa e decisiva.