O governo está elaborando uma estratégia para conter a PEC do Quinquênio, que foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e prevê aumentos salariais para juízes e promotores a cada cinco anos. O presidente Lula se reuniu com ministros e aliados para discutir a questão, enquanto busca uma reaproximação com o presidente da Câmara, Arthur Lira, em meio a tensões recentes. Lira, por sua vez, demonstrou insatisfação com interferências do Planalto e sinalizou a criação de CPIs pedidas pela oposição, embora ainda não tenha avançado nesse sentido.
Em paralelo, Lula e seus aliados discutiram emendas parlamentares, incluindo o veto de Lula a um valor de R$ 5,6 bilhões para essas emendas no Orçamento de 2024. Os parlamentares têm pressionado pela manutenção dessas emendas, enquanto o governo busca estabelecer um novo valor de R$ 2 bilhões. Além disso, o governo enfrenta resistência do Congresso em relação ao programa Perse, que concede benefícios financeiros ao setor cultural devido aos impactos da pandemia. Enquanto a equipe econômica queria acabar com o Perse, o Congresso defende um limite de R$ 2 bilhões e duração até 2027.
Em meio a essas negociações e conflitos, Lula busca recompor pontes com o Congresso e garantir apoio para sua agenda econômica. O presidente demonstra disposição para o diálogo e elogia o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que poderá ser seu candidato ao governo de Minas Gerais. A relação entre o governo e o Legislativo permanece tensa, com desafios e negociações em curso para conciliar interesses e aprovar medidas importantes para o país.