Na Câmara dos Deputados, Antônia Assunção da Silva, mãe da policial militar Deusiane Pinheiro, pediu a federalização do processo que investiga a morte de sua filha, ocorrida há nove anos dentro de um batalhão da PM em Manaus. Deusiane foi encontrada morta com marcas de tiro, e a família alega que ela sofria perseguição por parte de outro agente. A mãe clama por justiça, argumentando que a solução não parece viável na esfera estadual.
Além disso, Antônia solicitou ajuda da Comissão de Direitos Humanos para uma audiência com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, enfatizando sua busca por justiça ao longo dos anos. O caso envolve um relacionamento amoroso conturbado entre a vítima e um dos policiais denunciados, com a versão de suicídio apresentada pelo acusado contestada pelo laudo de exame em armas e munições. A federalização do processo é vista como uma possibilidade de garantir a investigação efetiva diante das graves violações de direitos humanos envolvidas.
A federalização de crimes, estabelecida em 2004, permite que o procurador-geral da República solicite ao Superior Tribunal de Justiça a mudança da competência para investigar casos com indícios de graves violações de direitos humanos. O mecanismo visa garantir a responsabilização adequada em casos onde os investigadores locais demonstram incapacidade de oferecer soluções efetivas. Antônia busca justiça para sua filha, apelando para a federalização do processo em busca de respostas e reparação diante da tragédia que marcou sua família.