O Grupo Casas Bahia comunicou a solicitação de recuperação extrajudicial para reperfilamento de suas dívidas financeiras, totalizando R$ 4,1 bilhões. O plano prevê o alongamento do prazo de pagamento para até 72 meses, com juros equivalentes ao CDI mais uma taxa adicional de 1% a 1,5% ao ano. Os credores terão a opção de converter parte dos créditos em ações da empresa, enquanto a Casas Bahia se compromete a iniciar os pagamentos apenas após 24 meses de carência para juros e 30 meses para o montante principal.
A reestruturação faz parte de um plano de transformação iniciado em agosto do ano anterior, que inclui o fechamento de até 100 lojas e a redução de estoques em até R$ 1 bilhão. Com a expectativa de melhoria de R$ 4,3 bilhões no fluxo de caixa nos próximos quatro anos, a empresa busca fortalecer sua posição financeira e aprimorar as relações com fornecedores e futuros credores. A recuperação extrajudicial, focada nas dívidas financeiras, não impactará outras obrigações operacionais da companhia, que serão mantidas regularmente.
O presidente da Casas Bahia, Renato Franklin, reforçou o compromisso da empresa em melhorar sua eficiência operacional e produtividade, mantendo o foco na rentabilidade e no fluxo de caixa. A nova estrutura de capital visa proporcionar maior segurança contra volatilidades do mercado e reforçar a confiança na execução do Plano de Transformação. A iniciativa busca assegurar a sustentabilidade financeira da empresa e fortalecer sua posição competitiva no mercado varejista.